domingo, 1 de agosto de 2010

'tenho que aprender


Eu tenho que aprender a não deixar que um simples beijo domine o coração, a não me apegar tão fácil às pessoas e ao mesmo tempo, a não desconfiar tanto delas.
Por que tem que ter sempre algo de errado? As pessoas poder ser sinceras também. Mas nem posso confiar sempre, pois muitas delas sabem mentir descaradamente bem.
Tenho que aprender a diferenciar sinceridade de falsidade, de mentira. Aprender que às vezes alguém vai mentir só pra me ferir. Mas que vai haver um outro alguém pronto pra me ajudar na cicatrização das feridas.
Tenho que aprender a confiar mais em mim. Por que pensar que fui eu quem dez algo errado? Mas não deixar que a auto-confiança seja tamanha a ponto de não me deixar enxergar meus erros.
Eu tenho que aprender a não dar tanto valor a pessoas que não dão esse valor a mim. Por que insistir em alguém que não tá nem aí? As vezes outras pessoas bem melhores se aproximam mas não conseguimos enxergar por estar focado em algo inútil.
Tenho que aprender a me reerguer após a queda, a me recuperar das decepções. Não ficar parada depois da tristeza, esperando a solidão bater na porta e depois ir embora. O mundo não vai parar pra me esperar. Ele nunca para!
Tenho que aprender a correr atrás da felicidade, buscar meus objetivos, lutar pelo que eu quero, afinal nada disso vai cair sobre mim se eu estiver sentada esperando pelo dia de amanhã.
Enfim... Quando se pensa que já se sabe tudo, vem sempre a vida e nos mostra que ainda há tanto a aprender.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

'nunca esqueço aquela época da escola


Acho tão engraçado quando olho pra trás e vejo como eu reclamava do colégio, das aulas, de todo dia ter que acordar cedo pra ir pra escola. Quando agente termina o 3º ano é que se dá conta de como a vida naquele tempo era boa. Quase nenhuma responsabilidade. Só estudar pra tirar boas notas. Fácil. Ficam só as lembranças dos amores, dos amigos que agente pouco vê agora... De repente você termina e vê tudo que vem pela frente: vestibular, arrumar emprego, vestibular... Você passa a estudar beem mais que antes, pra conseguir passar em uma boa universidade. Ainda acorda cedo, só que agora é pra ir trabalhar. Não vai ficar a tarde toda em casa, assistindo ou mechendo no computador como no tempo que você chegava da escola e ficava sem fazer nada depois. Então, você acorda cedo pra ir pro trabaho. Não vai ficar a manha toda do lado dos seus amigos, zuando na aula, no intervalo, rindo das palhaçadas deles. Agora a vida é diferente. De repente, chega o momento de sair de casa, encarar o mundo. Agente se fecha em nosso mundinho tão pequeno, na cidadezinha pequena. Não imagina como o mundo é grande. Me lembrei de uma letra de música que eu gosto muito no momento em que me ví nesse mundo enorme: Esse é um mundo grande, aquela era uma cidade pequena lá no meu retrovisor desaparecendo agora ♪ Agente pensa que tudo está ligado a nossa cidadezinha, às pessoas que agente conhece e de repente, vê que o mundo vai bem além daquilo tudo. Você conhece pessoas, gosta dessas pessoas, aprende a se virar sozinha, afinal agora você tem que se virar sozinha... E é aí que você lembra mais que tudo do quanto você reclamava e como aquele tempo era MESMO muito bom. O tempo em que eu ainda era uma menininha, crescida, mas uma menininha que encarava apenas o pequeno mundinho e que agora tem que encarar o mundo grande, cheio de desafios, barreiras, pessoas boas que vão te ajudar, mas concerteza, pessoas más que vão fazer de tudo pra você cair. Outra música me vem a cabeça : nos resta apenas confiar em Deus ♪

sexta-feira, 14 de maio de 2010

' tem marcas nessa vida que o tempo não vai apagar

Eu já tentei entender mas juro que não consigo. Por que será que agente tem a capacidade de continuar gostando de uma pessoa já tendo se passado longos anos desde o dia que tudo acabou? Mesmo já tendo conhecido outras tantas pessoas interessantes, mesmo sabendo que ele pode já estar em outra há muito tempo... Por que será que o coração ainda quer parar e ao mesmo tempo pular pra fora do corpo quando você cruza com aquela pessoa na rua? Como entender que algo que durou tão pouco foi tão intenso a ponto de nem o tempo conseguir apagar as lembranças que ficaram do tempo que passaram juntos? Por que dá vontade de matar aquela menina que vive jogando charme pra ele? Vocês não tem mais nada a vez, ACABOU. . . ACABOU! É tão difícil entender que acabou. É, talvez seja por isso. Essa é a explicação pra todas essas reações de ciúmes, de vontade de ainda estar junto, porque ainda não conseguimos ter a noção do fim. Mas tá, alguém me explica porque é tão difícil aceitar, entender, convencer o coração que a vida deve continuar? Que você deve seguir o seu caminho em outra direção, totalmente oposta àquela direção que você estava pretendendo seguir. Os caminhos se tornaram opostos, e você luta com todas as forças pra que eles se cruzem de novo. Mas não adianta tentar forçar as coisas. Tudo tem seu tempo. Eu costumo pensar que se for pra duas pessoas ficarem juntas, de um jeito ou de outro elas vão ficar. Deus se encarregará de fazer com que os caminhos se cruzem novamente, ou que você simplesmente esqueça aquela pessoa, e então Ele coloca um outro alguém no caminho, ideal pra você. Mas e enquanto isso não acontece? Como suportar a dor no peito toda vez que você dá de cara com ele e não pode dar um beijo, um abraço pelo menos? Se uma frase que você lê em um livro te remete ao passado, às lembranças. Uma música que você escuta te faz lembrar ele. Um acorde que você faz no violão já te faz lembrar a música que você considera ser de vocês dois? As lágrimas muitas vezes são inevitáveis quando você pega o violão e tenta tocar aquela música que você escreveu pra ele e ele nem sabe. Então você tenta não lembrar, tenta parar de pensar nele, mas de que jeito?

Como já falei, Deus sempre sabe o que faz e nenhum sofrimento nessa vida é em vão. Quem sabe tudo isso não é uma forma de nos fazer mais fortes, de nos fazer crescer?

Tenho tentado pensar assim pra poder amenizar a saudade e a solidão que sinto longe dele :/


|14-05-2010|

' meu mundinho virtual

Há algum tempo, quando agente tinha vontade de fugir do mundo, de sumi por um tempo o melhor lugar era nosso quarto. Agente ficava horas e horas deitados na cama, às vezes pensando, outras chorando. Mas nosso quarto era nosso refúgio preferido.

O tempo passou, e o nosso refúgio mudou. Se modernizou. Hoje quando agente quer sumir do mundo real, corremos logo pra frente do computador.

Lá, esquecemos nossos problemas por uns minutos, umas horas. Construímos praticamente uma vida na internet. Fazemos amigos, conhecemos pessoas, nos apaixonamos...

Pensamos que nesse mundo virtual as coisas são mais fáceis, que ao desligarmos o PC, aquele mundinho fica esquecido por um tempo. Geralmente é assim mesmo que acontece.

Mas e quando aquele tal mundinho não fica de lado ao desligar o PC? E quando aquela sua vida virtual entra na sua vida real de maneira inesperada e inexplicável? E quando as amizades se tornam importantes de tal maneira que passar um simples dia sem falar com aquela pessoa já te faz ficar triste? O que parecia ser uma maneira de se refugiar acaba se tornando um outro motivo pra querer fugir de tudo, no caso, fugir do mundo virtual. Mas pra onde ir agora? Se quando você tava no mundo real, você se refugiou no mundo virtual? Pra onde ir quando o mundo virtual te faz sofrer mais que o próprio mundo real? É, porque quando se tem um problema com aquele amigo que você vê diariamente, ou que mora só ali na cidade do lado é simples. Vai lá, olha na cara dele e fala tudo. Depois, dá um abraço, fala olhando nos olhos dele que a amizade de vocês é muito importante. E se o grande amigo, a pessoa que você tanto ama morar há milhares de km de distância? Quando ele sumir sem dar notícias do MSN e não deixar nenhum recado no Orkut, como fazer pra saber o que aconteceu? O tradicional telefone às vezes ajuda. Mas e se a vontade de ver a pessoa for bem maior do que a simples vontade de ouvir a voz ou teclar pelo MSN? Não dá pra simplesmente entrar em um ônibus com uma mala a sair ao encontro da pessoa. É bem mais complicado. Tem momentos em que só o que queremos é dar um abraço bem apertado naquela pessoa, mas não podemos. Então sofremos tanto... Em um dos momentos de tristeza envolvendo meu mundo virtual, me lembrei de uma frase de um dos meus livros preferidos: “eu não podia permitir que ele tivesse esse nível de influência sobre mim. Era patético. Pior que patético, não era saudável...”

Como uma pessoa qe agente nunca viu pode ter a capacidade de lhe causar uma saudade tão grande? De fazer você chorar por causa dessa saudade, ou se morder de ciúmes... Como entender o que se passa em nosso coração nessa situação? Exagero, carência...

Você pode até chamar disso, ou dar outros nomes a esse sentimento. Eu usaria um nome melhor, mais apropriado talvez: AMOR. Sim, amor. Quem disse que a distância e a ausência impedem que aja amor entre duas pessoas? Pena que essa forma de amar seja tão linda e tão dolorosa ao mesmo tempo. Mas que forma de amar não é assim?


|12-05-2010|